A vacina contra o de câncer de pele poderá estar disponível ao público em apenas dois anos, segundo informou o CEO da farmacêutica Moderna, Stéphane Bancel, em entrevista à AFP. “Acreditamos que, em alguns países, o produto poderá ser lançado com aprovação acelerada até 2025''.
A Moderna e a Merck/MSD deram o início à seleção de voluntários para a última fase de testes da vacina personalizada para combater câncer de pele melanoma em julho deste ano. Se os resultados forem positivos, o imunizante poderá entrar no mercado para ser oferecido ao público.
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A vacina deve ser usada junto com o medicamento Keytruda e é indicada para pessoas que já tiveram melanoma. Nos testes de fase 2, a aplicação da dose diminuiu em 44% o risco de morte e de recorrência do tumor em comparação com as pessoas que usaram apenas o remédio.
A nova etapa dos testes será feita com cerca de mil pacientes que serão selecionados pelos médicos de 165 centros de saúde em 25 países. Ainda não há prazo para a conclusão do estudo ou para a disponibilização da vacina ao público.
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Como a vacina combate o câncer?
A vacina usa tecnologia semelhante a do imunizante da Covid. A plataforma é projetada para ensinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar mutações específicas nas células cancerígenas e evitar novos tumores de pele, que costumam ser mais graves.
Até agora conhecida como V940, a terapia usa células modificadas de RNA codificadas para entender a sequência de DNA específica do câncer de cada paciente, que foi previamente coletado e isolado.
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Após a vacinação, é como se o corpo ganhasse uma memória reforçada para identificar células potencialmente cancerígenas e combatê-las.
Com os resultados promissores, as empresas também planejam expandir o programa de desenvolvimento de vacinas de RNA mensageiro para outros tipos de tumor, incluindo câncer de pulmão.