Resumo
Este estudo multicêntrico avaliou a viabilidade da impressão 3D na confecção de próteses
dentárias no Brasil, comparando-a com técnicas convencionais em termos de precisão,
custo e tempo de produção. Foram analisados 150 casos (2022-2024) em clínicas
públicas e privadas de cinco estados. As próteses 3D apresentaram 97% de ajuste
adequado (vs. 89% nas convencionais), redução de 50% no tempo de produção e custo
40% menor. Conclui-se que a tecnologia é estratégica para ampliar o acesso a
reabilitações orais em regiões carentes, com potencial para integrar o Sistema Único de
Saúde (SUS).
Palavras-chave
Impressão 3D, próteses dentárias, odontologia digital, acesso à saúde, SUS.
Introdução
A carência de laboratórios de prótese em 62% dos municípios brasileiros (CFO, 2023)
limita o acesso a reabilitações orais, especialmente em regiões remotas. A impressão 3D,
aliada a softwares de planejamento digital (CAD/CAM), surge como solução para
produção rápida e personalizada. Este estudo objetiva:
Metodologia
Este estudo longitudinal comparativo envolveu 150 pacientes edêntulos parciais (30-70
anos), selecionados em clínicas do Amazonas, Bahia, Goiás, Paraná e Ceará. Os critérios
de inclusão exigiram ausência de doenças sistêmicas não controladas e disponibilidade
para acompanhamento de 12 meses.
Protocolo Clínico
Resultados
Os resultados técnicos indicaram superioridade das próteses 3D em ajuste e tempo de
produção:
Parâmetro
Impressão 3D | Técnica Convencional
Ajuste Oclusal
97%
Tempo de Produção - 4 horas
Custo por Unidade - R$ 320,00
Impacto Social:
89%
8 horas
R$ 550,00
Regiões Remotas: 78% dos pacientes do grupo 3D relataram acesso a próteses pela
primeira vez.
Redução de Deslocamento: 65% das próteses 3D foram entregues via correio,
eliminando deslocamentos a laboratórios distantes.
Discussão
As próteses 3D demonstraram vantagens técnicas e econômicas, alinhando-se a estudos
como o de Kim et al. (2023). A tecnologia permite ajustes digitais em tempo real,
reduzindo retrabalhos em 70%. Além disso, um único equipamento pode produzir até 20
próteses/dia, suprindo a demanda de municípios com até 50.000 habitantes.
No entanto, desafios persistem:
Custo Inicial: Impressoras 3D de alta precisão exigem investimento mínimo de R$
80.000,00.
Capacitação: Apenas 12% dos técnicos em prótese no Brasil possuem treinamento
em softwares CAD/CAM (ABOP, 2023).
Conclusão
A impressão 3D é viável para democratizar o acesso a próteses dentárias no Brasil.
Recomenda-se:
1. Políticas Públicas: Subsídios para aquisição de impressoras por municípios de
baixo IDH;
2. Educação Continuada: Parcerias entre universidades e o CFO para capacitação
técnica;
3. Teleodontologia: Integração de scans digitais a plataformas de teleatendimento
para triagem remota.
Referências