Foi inaugurada na tarde desta sexta-feira, 13 de junho, em Palmeira das Missões (RS), a indústria Whey do Brasil Alimentos S.A, empreendimento que já nasce como um marco para o setor lácteo nacional. A cerimônia contou com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, além de lideranças políticas, empresariais e representantes dos sete laticínios que formam a sociedade.
A nova unidade é fruto da união estratégica de sete empresas do Noroeste gaúcho: Mandaká Alimentos, Laticínios Friolack, Laticínios Frizzo, Laticínios Stefanello, Laticínios Kiformaggio, Laticínios São Luis e Doceoli Alimentos.
Com um investimento de R$ 250 milhões e um parque fabril de aproximadamente 25 mil metros quadrados, a Whey do Brasil inicia suas operações com capacidade para processar 1,2 milhão de litros de soro fluido por dia, transformando esse volume em cerca de 100 toneladas de produtos em pó diariamente.
O projeto já está gerando cerca de 150 empregos diretos e indiretos, com expectativa de expansão: a planta poderá dobrar sua capacidade, chegando a processar 2,5 milhões de litros de soro por dia, com atuação nos segmentos alimentício, cosmético, farmacêutico e de suplementos proteicos, atendendo mercados varejista, food service e de marcas próprias.
Um dos grandes diferenciais da Whey do Brasil é o seu compromisso ambiental. A indústria adota práticas sustentáveis como:
Reaproveitamento da água de processo para o pré-aquecimento de caldeiras
Uso racional de recursos hídricos
Cogeração de energia
Mitigação dos impactos ambientais, transformando o que antes era um subproduto sem valor (o soro de leite) em matéria-prima para novos produtos
O parque industrial conta com equipamentos modernos de evaporação e secagem, assegurando alta performance na transformação do soro de leite. Entre os principais produtos que serão fabricados estão o soro em pó, compostos lácteos e as proteínas do soro (Whey Protein).
O governador Eduardo Leite destacou a importância do empreendimento para o Rio Grande do Sul. "É um exemplo de empreendedorismo coletivo, onde empresas se unem para agregar valor à produção, eliminando perdas e transformando um passivo ambiental em riqueza. Este é um movimento genuinamente gaúcho e merece reconhecimento", afirmou.
Para Luiz Zimmermann, fundador da Doceoli e um dos sócios da Whey do Brasil, a inauguração representa a realização de um projeto ambicioso. "É um projeto audacioso, mas com a união de sete marcas que têm o mesmo propósito de atender tanto o mercado interno quanto o externo. A partir da próxima semana, a indústria já inicia o processamento, transformando soro em riqueza", destacou.
Com foco na inovação, eficiência produtiva e responsabilidade socioambiental, a Whey do Brasil busca se consolidar como uma referência na produção de soro e seus derivados na América Latina, simbolizando não apenas uma nova indústria, mas um movimento coletivo de desenvolvimento para o setor e para o Estado.