Pacientes de 72 municípios do norte e noroeste gaúcho aguardam a conclusão das obras do Hospital Público Regional de Palmeira das Missões. O reinício da construção, que está embargada desde 2022, depende de avaliação de engenheiros da Universidade de Passo Fundo e nova licitação. Expectativa é de que a instituição comece a funcionar em até três anos após o recomeço das obras, ou seja, em 2028.
Conforme o prefeito, Evandro Massing, a expectativa é que, ainda em 2025 uma nova empresa assuma o canteiro de obras e avance com os 50% que ainda faltam ser feitos. Porém, antes do maquinário voltar ao canteiro de obras, é preciso aguardar a avaliação técnica da UPF.
Professores, estudantes e técnicos do Centro Tecnológico de Engenharia Civil da universidade realizam esta avaliação desde o segundo semestre de 2024. O objetivo é averiguar o que já foi construído, as condições, possíveis problemas na estrutura, quais são as soluções e o investimento necessário.
— No momento em que a gente tiver esses números, esse estudo concluído, nós temos a condição de lançar o novo edital para contratar uma empresa, retomar e concluir a obra — explica o prefeito.
Embora a avaliação ainda esteja em curso, o prefeito aponta que problemas já foram identificados. Alguns simples, outros mais complexos.
— Nós temos problemas com rompimento de vigas, nós temos rompimento de consoles, nós identificamos sobrepeso nas estruturas, tudo isso ainda são informações preliminares, mas que já apontam de forma muito clara onde é que estão os problemas e quais são as causas de tudo isso que está acontecendo — afirmou.
O HPR, que começou a ser construído ainda em 2019 e deveria ser concluído dois anos depois, em 2021, tinha orçamento inicial de R$ 115 milhões. Desse montante, a prefeitura calcula que já investiu mais de R$ 70 milhões da verba disponibilizada pelo Governo Federal, emendas parlamentares e contrapartida do município. Agora, com o estudo, a expectativa é que haja um incremento nesse valor.
— Imaginamos que R$ 100 a R$ 120 milhões ainda precisem ser investidos para concluir a obra e entregá-la pronta para, aí sim, colocar os equipamentos e poder entrar em funcionamento — diz o prefeito.