Pela primeira vez em mais de três anos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a adoção da bandeira vermelha patamar 2 para o mês de setembro. O acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos reflete os maiores custos de geração de energia elétrica no país, pressionando o orçamento das famílias e também a inflação. A decisão pode influenciar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a considerar uma alta nos juros durante a reunião dos dias 17 e 18 de setembro.
A medida foi tomada devido à previsão de chuvas abaixo da média para o mês, resultando em níveis de afluência nos reservatórios das hidrelétricas cerca de 50% abaixo do esperado. Com a redução da capacidade das hidrelétricas, que fornecem energia a um custo mais baixo, o sistema elétrico passa a depender das termelétricas, que produzem energia a um custo maior. Esses fatores, como o risco hidrológico (GSF) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), foram determinantes para o acionamento da bandeira vermelha patamar 2.
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Desde agosto de 2021, o Brasil não enfrentava a bandeira vermelha patamar 2. O sistema de bandeiras tarifárias, criado pela Aneel em 2015, serve para alertar os consumidores sobre os custos variáveis da produção de energia, permitindo que eles ajustem seu consumo em momentos de maior pressão de preços. Desde abril de 2022, o país estava em uma sequência de bandeiras verdes, interrompida apenas em julho de 2024 com bandeira amarela, e retomada brevemente em agosto com bandeira verde.
Com a nova bandeira, a Aneel recomenda o uso consciente da energia, evitando desperdícios para minimizar impactos tanto no bolso dos consumidores quanto no meio ambiente. A economia de energia é crucial para preservar os recursos naturais e garantir a sustentabilidade do setor elétrico.
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