Polícia flagra 11 hectares de Mata Atlântica destruída em Dois Irmãos das Missões
Desmatamento foi registrado em três áreas no município do noroeste gaúcho
Mais de 118 mil metros quadrados de desmatamento foram flagrados em Dois Irmãos das Missões, no noroeste do Estado, no fim da quarta-feira (27). A destruição da Mata Atlântica foi registrada em três áreas distintas no interior do município, que juntas equivalem a 11 campos de futebol oficiais.
A descoberta do crime ambiental aconteceu após o 3° Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM) receber alertas da plataforma Mapbiomas. Em nenhum dos três casos os responsáveis possuíam autorização para manejo da vegetação nativa, e por isso houve o registro dos respectivos boletins de ocorrência.
Na primeira área, a destruição atingiu três hectares do Bioma Mata Atlântica, danificando espécies nativas como aroeira, camboatá, canela, fumeiro-bravo e guajuvira. Na segunda propriedade foram flagrados mais 7,9 hectares de desmatamento; já na terceira área, também no interior de Dois Irmãos das Missões, 8,5 hectares de mata nativa foram derrubados.
Conforme a lei no 9.605/1998, a pena para o crime ambiental contra a flora varia de multa até detenção, de um a três anos. O desmatamento florestal e uso irregular do solo causam diversos impactos ao meio ambiente, prejudicando a biodiversidade e acelerando as mudanças climáticas.
Corte de araucárias
Ainda nesta semana, o 3° BABM também flagrou o corte de araucárias no interior de Marcelino Ramos, município do extremo norte do RS que fica próximo da divisa com Santa Catarina. A ocorrência foi registrada após uma denúncia anônima, na última segunda-feira (25).
Na propriedade fiscalizada os policiais encontraram oito árvores derrubadas, totalizando 7,74 metros cúbicos de madeira. Neste caso o responsável também não possuía licença e responderá por crime ambiental.
As toras do pinheiro foram apreendidas. A Araucaria angustifolia é uma espécie protegida na legislação, por isso sua supressão só é permitida em casos específicos, como quando oferece risco à vida, à integridade física de pessoas ou a instalações e rede elétrica, mas tudo isso depende da avaliação do órgão ambiental.
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