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Saúde Dengue

Mais de 100 casos confirmados de dengue na região

Todos os 26 municípios estão infestados pelo mosquito transmissor do vírus da dengue

15/01/2024 22h55 Atualizada há 9 meses
Por: Gilvan Vargas Fonte: Jornal O Alto Uruguai
Mosquito Aedes aegypti - transmissor da dengue Fiocruz Imagens / Divulgação
Mosquito Aedes aegypti - transmissor da dengue Fiocruz Imagens / Divulgação

O monitoramento dos casos de dengue no Rio Grande do Sul, realizado pela Secretaria da Saúde (SES), por meio do Centro de Vigilância em Saúde (Cevs), apresenta um alerta para o aumento de registros da doença, durante as duas primeiras semanas de 2022, 2023 e 2024. Conforme dados do Painel de Casos de Dengue RS, nas duas primeiras semanas de 2022 foram registrados 63 casos confirmados; em 2023, 42; e em 2024, 216.


Na região da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde (2ª CRS), em meados de junho de 2023 até novembro, não apresentava notificação de casos novos de dengue. No entanto, a tranquilidade foi interrompida por um surto em Barra do Guarida, cidade que faz divisa com Santa Catarina. A partir disso, os casos começaram a aparecer em municípios próximos. Foram 311 casos de dengue de meados de novembro até o fim do ano de 2023, e nestas duas primeiras semanas de 2024 já são 183 casos registrados na região.

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Segundo a enfermeira, responsável pela Vigilância Epidemiológica da 2ª CRS, da Secretaria da Saúde do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Greici Kelli Tolotti, o cenário atual tem relação com vários fatores, um deles é a situação climática, que se traduz na mistura de chuvas intensas, enchentes e calor extremo, os quais são propícios à proliferação do vetor. Além disso, a população, em grande parte, ainda não tem mantido os cuidados necessários com a eliminação dos criadouros. “Vale lembrar, que não são somente locais de entulho, lixo, que podem ser criadouros, um exemplo importante são as piscinas, calhas dos telhados e cisternas/caixas d'água para armazenamento da á água da chuva, essas, se não forem bem higienizadas, podem ser importantes focos do vetor”, complementa Greici.

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Monitoramento periódico

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A Vigilância Ambiental dos municípios, por meio dos agentes de combate de endemias e agentes comunitários de saúde, é quem faz o monitoramento periódico, coordenadas pela Vigilância Ambiental da Regional. “Nós fazemos a visita domiciliar para verificar se existe o vetor, que é o Aedes aegypti. Na região da 2ª CRS, que conta com 26 municípios, todos são considerados infestados, ou seja, todos eles têm o vetor da dengue, chikungunya e também do Zika vírus”, diz Marcio Geroldini.


De acordo com Greici, medidas estão sendo tomadas em diversas áreas. “Responsáveis pela Vigilância Epidemiológica e pela Atenção Básica da 2ª CRS têm feito ações de atualização às equipes de atenção básica e hospitais dos municípios, in loco, sobre as normas e protocolos vigentes, quanto à identificação de casos suspeitos, manejo clínico, coleta de amostras e intepretação de exames a serem realizados, notificação dos casos nos sistemas de informação, bem como medidas preventivas”, complementa.

Infestação é o mosquito e não a doença


Nas últimas semanas, circulou a informação de que Iraí seria o município com “maior infestação de dengue do Estado”, no entanto quando se fala em infestação, deve-se referir à infestação do Aedes aegypti, como ressalta Greici. “Quando usamos infestação, estamos nos referindo ao mosquito que causa a dengue, dentre outras arboviroses, como a Zika, Chikungunya e Febre Amarela. Em relação à infestação do vetor, todos os 26 municípios da regional estão infestados, não somente Iraí. Da forma como estavam falando, deu a entender que o município em questão estava com um surto imenso da doença, o que não é verdadeiro, apesar de ter apresentado alguns casos”, complementa.



Sinais e sintomas da dengue


Os sinais e sintomas mais comuns são a febre, usualmente de dois a sete dias de duração, que nem sempre estará presente em todos os casos, cefaleia (dor de cabeça), dor retro orbital (dor atrás dos olhos), mialgia (dores pelo corpo), artralgia (dores nas articulações), náuseas e vômitos, exantema (vermelhidão pelo corpo); e outros sinais de alerta podem estar presentes, como fortes dores abdominais e sangramentos.


Vacinação poderá ser feita pelo SUS a partir de fevereiro


Segundo a Agência Senado, o Brasil foi o primeiro país a incorporar ao sistema público de saúde uma vacina contra o vírus da dengue. O imunizante Qdenga entrou para o Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023, e o Estado de Mato Grosso do Sul foi o primeiro a oferecer as doses, por ser considerado área prioritária. 


De acordo com o Ministério da Saúde, as doses estarão disponíveis em outros Estados a partir de fevereiro, atendendo a públicos e regiões específicas. No Senado, o tema da imunização esteve presente nos debates de 2023.

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