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Mobilização histórica na Famurs reúne lideranças para cobrar soluções ao endividamento rural no RS

Federação divulgou carta aberta ao Governo Federal para socorrer agricultores endividados no RS e Relatório Executivo da mobilização.

Redação GV
Por: Redação GV
17/06/2025 às 11h39 Atualizada em 17/06/2025 às 11h43
Mobilização histórica na Famurs reúne lideranças para cobrar soluções ao endividamento rural no RS

Os últimos cinco anos têm sido devastadores para o agronegócio gaúcho. Eventos climáticos extremos provocaram perdas acumuladas de mais de R$ 92 bilhões no setor agrícola entre 2020 e 2025. Somente em 2024, as enchentes afetaram diretamente mais de 200 mil propriedades rurais, gerando um prejuízo de R$ 4,1 bilhões apenas na agricultura.

Diante desse cenário crítico, a sede da Famurs foi palco de uma grande mobilização em defesa do setor primário gaúcho nesta segunda-feira (17/06). O encontro reuniu prefeitos, vice-prefeitos, parlamentares estaduais e federais, representantes de entidades como Farsul, Fetag-RS e Fecoagro, além de integrantes do Governo do Estado. As discussões ocuparam tanto o auditório quanto o estacionamento da Federação.

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O principal resultado da mobilização foi a elaboração de dois documentos estratégicos:

Carta aberta ao Governo Federal – O documento cobra ações emergenciais e estruturais para enfrentar o alto nível de endividamento rural. Entre as medidas propostas estão:

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  • Alongamento dos débitos dos produtores rurais por 20 a 25 anos, com juros limitados a 3%;

  • Criação de um fundo garantidor para operações de crédito rural;

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  • Ampliação de linhas de financiamento com juros subsidiados;

  • Investimentos em infraestrutura de armazenagem e irrigação;

  • Facilitação da importação de insumos.

Relatório executivo da mobilização – Elaborado com apoio de Inteligência Artificial, o relatório reúne os principais dados apresentados, os riscos iminentes de colapso da produção agrícola e as estratégias apontadas pelas lideranças para superar a crise. O material servirá como subsídio técnico e político para os prefeitos gaúchos nas próximas etapas de negociação.

Durante o ato, a presidente da Famurs, Adriane Perin de Oliveira, fez um apelo à união das forças políticas:

“Chegou a hora de deixarmos de lado as diferenças ideológicas e partidárias e nos unirmos em torno de uma causa maior que qualquer disputa: a sobrevivência do agricultor e a economia dos nossos municípios e do nosso estado. O Rio Grande vive uma realidade dura, marcada por perdas sucessivas no campo. Não é hora de apontar culpados. É hora de apontar caminhos. E ele precisa ser coletivo. O caminho é o alongamento das dívidas, que não é perdão”, destacou.

Segundo levantamento da área técnica da Famurs, desde 2020, a União reconheceu 2.895 decretos municipais de situação de emergência ou calamidade pública no Rio Grande do Sul, evidenciando a dimensão da crise climática que assola o estado. Só as enchentes de 2024 já somam R$ 12,2 bilhões em prejuízos gerais, sendo R$ 4,1 bilhões apenas na agricultura.

A mobilização na Famurs marca o início de uma nova fase de articulação entre municípios, entidades do setor primário e governos em busca de soluções efetivas para salvar a produção rural gaúcha.


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