Na última sexta-feira, 23, quatro trabalhadores argentinos foram resgatados de condições análogas à escravidão em Anta Gorda, durante uma operação fiscal conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os trabalhadores estavam envolvidos na extração, corte e carregamento de lenha de eucalipto.
Os resgatados, todos migrantes indocumentados, foram encontrados em condições precárias, sem a devida regularização migratória ou registro em carteira de trabalho. Um dos trabalhadores, de 47 anos, vivia em um galpão improvisado e recebeu suas verbas rescisórias no dia da operação. Os outros três residiam em uma casa sem acesso a serviços básicos como água encanada e banheiro; eles receberam parte das verbas rescisórias na segunda-feira (26/8) e o restante na terça-feira (27/8).
A lenha extraída era comercializada para ervateiras e um laticínio local. Após o resgate, os trabalhadores retornaram para suas cidades na Argentina.
A operação foi coordenada pela Procuradora do Trabalho Franciele D’Ambros, da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONAETE) no RS. O caso continua sob a supervisão da Procuradoria do Trabalho de Santa Cruz do Sul.
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