O número de mortos pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 13, conforme divulgado pela Defesa Civil na manhã desta quinta-feira (2). Ao menos 21 pessoas ainda estão desaparecidas.
O governador Eduardo Leite (PSDB) declarou estado de calamidade pública devido aos mais de 100 municípios impactados pelo temporal no estado. O decreto permanecerá em vigor por 180 dias.
Santa Maria é a cidade com mais mortos: são três, no total. Paverama e Salvador do Sul contabilizam dois óbitos cada. Já os municípios de Encantado, Itaara, Pantano Grande, Santa Cruz do Sul, João do Polêsine e Segredo tiveram um registro de morte.
As aulas nas escolas estaduais foram suspensas. De acordo com o último boletim da Defesa Civil, 321 instituições foram afetadas, em 138 municípios. Há ainda outras 102 escolas danificadas, em 54 municípios.
O decreto de calamidade pública estabelece que os órgãos e entidades da administração pública estadual devem prestar apoio imediato às áreas afetadas, em estreita colaboração com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil. O texto também prevê a possibilidade de os municípios afetados solicitarem auxílio semelhante, cujas solicitações serão avaliadas e homologadas pelo Estado, garantindo uma resposta ágil e coordenada diante da emergência.
Ao fazer um balanço das chuvas no estado gaúcho, Leite afirmou que a tragédia "será o maior desastre que nosso estado já tenha enfrentado". Em entrevista coletiva no final da tarde desta quarta (1), o governador explicou que o agravante em relação às tempestades do ano passado é que, dessa vez, a chuva afeta uma região maior e não deu trégua para o trabalho de resgates. O governador ainda classificou o cenário como uma situação de "guerra", e por isso pediu ajuda das Forças Armadas.
Eduardo Leite explicou que há 65 pedidos de resgate já mapeados e georrefenciados, mas em muitos casos há dificuldades de acesso por terra devido às estradas bloqueadas e rios transbordando, além da chuva permanente que inviabiliza muitos voos. Os helicópteros prometidos pelas Forças Armadas estão com dificuldade de chegar, afirmou o governador, e inclusive dois tiveram que parar em Santa Catarina.
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