Chegada do verão aumenta riscos de afogamentos

Com a chegada do verão e férias escolares, os passeios em cachoeiras, praias e piscinas aumentam, com isso, crescem também os riscos de afogamentos na água. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) de 2020, um brasileiro morre afogado a cada uma hora e meia. Considerando o tempo de exposição, o afogamento tem um risco 200 vezes maior de morte do que acidentes de transporte.

Segundo o Sargento Dal Molin, do 2º pelotão do Corpo de Bombeiros Militar de Palmeira das Missões, as principais causas de afogamento são: a falta de habilidade na natação, falta de respeito no local em que se nada, cansaço ao nadar, cãibras, uso de álcool, mal súbito e até mesmo risco de traumatismo por mergulho em águas rasas ou com pedras. ‘’No último verão foram atendidas em nossa área de ação 8 ocorrências relacionadas à afogamentos, resultando em 5 vítimas fatais’’, pontua.

Continua após a publicidade

O sargento ainda explica que o afogamento ocorre de forma silenciosa e rápida, ‘’a vítima se debate para tentar preservar as vias aéreas fora da água até o momento em que acaba inspirando o líquido pelas vias aéreas involuntariamente, ao atingir os pulmões já causa prejuízo na respiração’’, diz.

Continua após a publicidade

Como prevenir afogamentos:

Piscinas

Continua após a publicidade

·          Crianças nunca devem permanecer em piscinas sem observação;

·         Usar sempre flutuantes;

·         Evitar correr na beira da piscina e, sempre que possível, utilizar as escadas para entrar e sair;

·         Nadar somente na profundidade em que você se sinta confortável e seguro;

·         Evitar correr e pular em volta das piscinas, pois geralmente a borda da piscina fica molhada e escorregadia;

·         Nunca deixar brinquedos, boias, atrativos dentro da piscina;

Em Águas de mar

·         Nadar apenas em áreas supervisionadas por guarda-vidas;

·         Caso sinta-se em perigo, mantenha a calma, tente boiar, faça sinais e grite por socorro;

·         Se for pego em uma corrente de retorno nade paralelamente para o lado até escapar dela;

·         Respeite a sinalização das bandeiras nas guaritas, sinais sonoros do apito e as instruções do guarda-vidas;

·         Mantenha crianças sempre sob sua vista;

·         Caso encontre alguma criança perdida, leve-a ao posto de guarda-vidas mais próximo;

·         Se você perceber alguém com dificuldade na água, mantenha a calma e chame imediatamente um guarda-vidas.

Os cuidados são necessários para que todos possam se divertir e aproveitar o verão de maneira segura. Um dos últimos casos de afogamento na região Noroeste do Estado, foi na cidade de Santa Cruz do Sul, quando um jovem de 19 anos, escorregou de uma cachoeira e acabou indo a óbito.

Além disso, afogamentos de crianças em piscinas também são comuns nas ocorrências registradas, no último dia das crianças, em Mossoró, um menino de 8 anos faleceu ao bater a cabeça na borda de uma piscina e foi encontrado desacordado dentro da água. Apesar de ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros a criança teve uma parada cardíaca e não resistiu.

O Sargento Dal Molin ainda recomenda, que ao ver alguém se afogando o primeiro passo é pedir por ajuda e ligar para o 193 dos bombeiros, para informar dados essenciais como local da ocorrência e número de vítimas. Na sequência disso, prestar apoio a vítima alcançando algum objeto que possa auxiliar a mesma a manter a cabeça fora da água. ‘’Objetos flutuantes como boia, isopor são de grande valia, assim como galhos e corda. A remoção da vítima deve ser realizada com segurança e muito cuidado’’, reforça.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o problema do afogamento é global e mata mais de 230 mil pessoas por ano no mundo. Entretanto, 90% dessas mortes mundiais ocorrem em países de baixa e média renda - justamente onde há menos recursos para as ações de prevenção.