A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mais uma vez se vê no centro de uma polêmica. Hoje à tarde, confirmando o que já vinha se especulando nos últimos dias, a justiça determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade. Quem assume a cadeira de forma provisória até que sejam convocadas novas eleições é o vice-presidente Fernando Sarney, filho do ex-presidente da República, José Sarney.
Ednaldo foi destituído do cargo a partir do momento em que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) tornou nulo o acordo que tinha viabilizado a sua eleição. Isso aconteceu porque um laudo pericial apontou que houve falsificação da assinatura do ex-dirigente Coronel Nunes em um documento homologado pelo ministro do Superior Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
De acordo com o Portal Léo Dias, que teve acesso ao documento, Nunes já teria feito inclusive um acordo aceito pelo STF, no qual revelava que ele mesmo não tinha condições de tomar suas próprias decisões antes da eleição na CBF. Ainda de acordo com o portal, a CBF repassou entre 2022 e 2022, mais de R$ 3,5 milhões para empresas ligadas a Nunes.
A decisão de hoje do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro também determina que o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, realize a eleição para os cargos diretivos da CBF, “na qualidade de interventor, o mais rápido possível”.
A CBF, até o momento, não se manifestou de forma oficial sobre o caso. Em um dos seus últimos atos como presidente, Ednaldo anunciou um acerto com o italiano Carlo Ancelotti, que será o novo técnico da Seleção Brasileira a partir do dia 26 de maio.