A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu o Inquérito Policial nº 73/2025/151626, que apurou o feminicídio de Ângela Stratmann, ocorrido em 16 de janeiro de 2025, na localidade de Linha Brondani, em Frederico Westphalen. O principal suspeito, Evandro do Amaral, foi indiciado por uma série de crimes, incluindo feminicídio, tortura, lesão corporal grave, fraude processual e desobediência. Se condenado, ele poderá cumprir penas que variam de 26 a 54 anos de reclusão.
O inquérito foi presidido pelo Delegado de Polícia Jacson Oiliam Boni, que coordenou a investigação, que reuniu um vasto conjunto de provas. Laudos periciais, registros de violência doméstica anteriores, análise de conteúdo digital extraído do celular do suspeito, depoimentos testemunhais e imagens de videomonitoramento foram fundamentais para esclarecer o caso e apresentar um panorama detalhado dos fatos. A investigação revelou uma trajetória de violência contínua contra a vítima, com episódios anteriores de agressões e ameaças.
No dia do feminicídio, além de ser severamente torturada, Ângela foi forçada a gravar um vídeo se submetendo à agressão. As agressões físicas causaram uma hemorragia intracraniana, levando à morte da vítima. Após o crime, Evandro do Amaral tentou induzir testemunhas e autoridades ao erro, alegando que a morte teria sido resultado de um acidente automobilístico.
A investigação também trouxe à tona um episódio de violência ocorrido em dezembro de 2023, que até então não havia sido registrado pelas autoridades. Naquela ocasião, a vítima foi agredida com uma arma branca, resultando em uma internação de emergência na UTI, mas o fato não foi denunciado à polícia na época.
A Delegada Aline Dequi Palma, diretora da 14ª DPRI, destacou a importância da investigação detalhada para desvelar a extensão da violência sofrida pela vítima, revelando um contexto de agressões anteriores que ficaram ocultas até o desfecho trágico.
O Delegado Jacson Oiliam Boni afirmou que, desde a prisão preventiva de Evandro do Amaral, cumprida no estado de Santa Catarina, ele permanece sob custódia. O fechamento do inquérito reafirma o compromisso da Polícia Civil com o combate à violência contra a mulher e a busca incessante por justiça, além de reforçar a segurança da sociedade e a responsabilização de criminosos violentos.