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“Arsênico estava na farinha”, diz perita sobre bolo que matou três pessoas em Torres

Nora de mulher que preparou a sobremesa foi presa neste domingo, suspeita de ter envenenado o alimento

Redação GV
Por: Redação GV Fonte: GZH
06/01/2025 às 11h10
“Arsênico estava na farinha”, diz perita sobre bolo que matou três pessoas em Torres
Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar bolo que matou três pessoas no RS — Foto: Divulgação

A perícia identificou que o arsênico encontrado no bolo que causou três mortes em Torres, no Litoral Norte, estava depositado na farinha usada no preparo da sobremesa.

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (6), a diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Inês Hoffmann Mittmann, afirmou que foi descartada a possibilidade de contaminação natural ou que algum ingrediente estivesse estragado. 

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No domingo (5), a suspeita do envenenamento foi presa temporariamente pela Polícia Civil. Trata-se da nora de Zeli Teresinha Silva dos Anjos, 61 anos. A mulher fez o bolo e segue hospitalizada. O nome da investigada não foi divulgado pela polícia, mas Zero Hora apurou se tratar de Deise Moura dos Anjos. O marido dela, filho de Zeli, não é investigado.

A diretora do IGP explica que os níveis de arsênico encontrados nas amostras de sangue, urina e conteúdo estomacal de três vítimas — Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, Maida Berenice Flores da Silva, 59, e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos — são tão elevados que são considerados tóxicos e letais.

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Segundo o delegado Marcos Vinicius Veloso, responsável pela investigação, embora a família tivesse uma convivência pacífica, havia pequenas desavenças envolvendo a presa.

Questionado sobre o motivo da desavença, o delegado disse que não poderia dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações, mas caracterizou o conflito como "desproporcional" ao crime.

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O secretário de Segurança do Estado, Sandro Caron, afirma que há "provas robustas" de autoria do crime por parte da suspeita.

A polícia confirmou que a farinha estava na casa de Zeli, que fez o bolo, mas diz que as investigações não apontam para ela como responsável pela contaminação. 

Segundo a polícia, no dia 23 de dezembro havia sete pessoas no local onde o bolo foi consumido. Apenas uma delas não foi hospitalizada.

As informações foram fornecidas na manhã desta segunda-feira (6), durante coletiva de imprensa concedida em Capão da Canoa, no Litoral Norte.

Prisão

Deise Moura dos Anjos foi detida por suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado e uma tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada.

As qualificadoras são motivo fútil e emprego de veneno. Ainda é apurado se houve dissimulação, o que seria uma terceira qualificadora, segundo delegado esclareceu na entrevista coletiva. 

A prisão foi coordenada pela equipe do delegado Marcos Vinicius Muniz Veloso, de Torres. Buscas foram feitas na casa de Deise, mas a polícia não divulgou o que foi encontrado no local.

O que diz a defesa

O que diz a defesa de Deise Moura dos Anjos: 

Por meio de nota, os advogados Manuela Almeida, Vinícius Boniatti e Gabriela S. Souza informaram que a equipe "não teve acesso integral a investigação em andamento". 

Leia a nota abaixo na íntegra.

Caso bolo envenenado

Deise Moura dos Anjos, presa temporariamente por suposto envenenamento no caso do bolo, na cidade litorânea de Torres/RS, vem a público manifestar que possui defesa constituída, representada pelos advogados Manuela Almeida, Vinícius Boniatti e Gabriela S. Souza.

Até o presente momento, 06 de Janeiro, às 07hrs, a defesa prestou atendimento em parlatório à cliente, contudo, não teve acesso integral a investigação em andamento, razão pela qual se manifestará em momento oportuno.

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