O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou nesta quarta-feira, 16 de outubro, que o horário de verão não será retomado no Brasil em 2024. A política, extinta desde abril de 2019 durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), continuará suspensa.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a decisão foi tomada após avaliações que indicaram não haver necessidade de implementar o horário de verão neste ano, com a segurança energética do país garantida. “Temos a segurança energética assegurada”, afirmou o ministro em entrevista coletiva. No entanto, ele destacou que a questão será reavaliada em 2025.
A decisão vai contra a recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que havia sugerido o retorno do horário de verão ainda em 2024. O comitê é composto por representantes de órgãos como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Objetivo do horário de verão
O horário de verão era utilizado com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica no horário de pico, período em que a demanda por eletricidade é maior, especialmente quando as famílias retornam para casa. Ao adiantar os ponteiros do relógio em regiões específicas, as pessoas concluíam suas atividades diárias aproveitando mais tempo de luz natural, diminuindo a necessidade de uso de iluminação e outros aparelhos elétricos.
Antes de ser extinto, o horário de verão era adotado entre outubro e fevereiro nos seguintes estados: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.